aquece, ilumina e norteia
tem gosto de céu
de sopa no mel
poesia é a centelha primeira
aquece, ilumina e norteia
tem gosto de céu
de sopa no mel
poesia é a centelha primeira
Apreciei tarde
O peso dos peitos pequenos
Vale, a fenda
Castanhas, cerejas
Textura semidura da esfera
Passeio de serpentes-feras
Néctar lácteo
Suco de estrelas
Orbital centelha
Embriaguez no odor
Macio sumo
Sabor duplo
Febre, cura
Fogo que apura
Jasmim, pétala crua
Nas montanhas nuas
Apreciei tarde
O peso dos peitos pequenos
Vale, a fenda
Castanhas, cerejas
Textura semidura da esfera
Passeio de serpentes-feras
Néctar lácteo
Suco de estrelas
Orbital centelha
Embriaguez no odor
Macio sumo
Sabor duplo
Febre, cura
Fogo que apura
Jasmim, pétala crua
Nas montanhas nuas
A leitura nunca é nula
A leitura nunca é só
O que leio enquanto escrevo?
Outros textos que dão nó
A escrita sempre é trina
A escrita é só reler
Todo texto abraça textos
A leitura é reescrever
A leitura cava mundos
A escrita é solidão
Só se escreve acompanhado
A leitura é reinvenção
A leitura nunca é nula
A leitura nunca é só
O que leio enquanto escrevo?
Outros textos que dão nó
A escrita sempre é trina
A escrita é só reler
Todo texto abraça textos
A leitura é reescrever
A leitura cava mundos
A escrita é solidão
Só se escreve acompanhado
A leitura é reinvenção
O que me deforma e define
Abriga-se em mim
Harmonia em clave de si
Pedaços de fragmentos
Desejam fugir de mim:
O eterno poema incompleto
O vácuo da fé de pedra
O insaciável corpo
Acumulo subtrações
Enquanto busco
No vazio atômico da matéria
O que mais arrancar de mim
O que me deforma e define
Abriga-se em mim
Harmonia em clave de si
Pedaços de fragmentos
Desejam fugir de mim:
O eterno poema incompleto
O vácuo da fé de pedra
O insaciável corpo
Acumulo subtrações
Enquanto busco
No vazio atômico da matéria
O que mais arrancar de mim
Seu amor sobre os telhados
Rasga madrugadas
Seu amor sobre os telhados
Rasga madrugadas
Eu, cristão protestante, olho pro Doritos humano e vejo o anticristo, enquanto os fundamentalistas enxergam Elias, talvez Moisés.
Eu, cristão protestante, olho pro Doritos humano e vejo o anticristo, enquanto os fundamentalistas enxergam Elias, talvez Moisés.
"Era donzel, moço da igreja
Achava que o inferno era dentro do seu ventre
(depois, soube como era quente)
Era donzel, moço da igreja
Mas toda tarde eu rezava
Nos montes das cerejeiras"
"Era donzel, moço da igreja
Achava que o inferno era dentro do seu ventre
(depois, soube como era quente)
Era donzel, moço da igreja
Mas toda tarde eu rezava
Nos montes das cerejeiras"
Imagens de santos da igreja católica dos séculos XVII e XVIII tinham como propósito transmitir aos fiéis sensações de culpa e medo. Esta, que tem braços com articulações, está no Museu Regional de São João del-Rei.
Acho linda, mas terrível.
🧶
Imagens de santos da igreja católica dos séculos XVII e XVIII tinham como propósito transmitir aos fiéis sensações de culpa e medo. Esta, que tem braços com articulações, está no Museu Regional de São João del-Rei.
Acho linda, mas terrível.
🧶
Lia as crônicas dele na Veja São Paulo, tenho um livro de contos bem divertido. Mas, na boa, romance não era a del.
Marcos Rey não era um artesão, mas um operário da palavra. 🧶
Lia as crônicas dele na Veja São Paulo, tenho um livro de contos bem divertido. Mas, na boa, romance não era a del.
Marcos Rey não era um artesão, mas um operário da palavra. 🧶