A revista jazz.pt celebra 20 anos de atividade ininterrupta com uma edição especial em papel, que revisita duas décadas de jazz e músicas improvisadas em Portugal, com um olhar sobre o presente e perspetivas para o futuro.

Apesar das dificuldades na organização, o Kriol Jazz Festival cumpriu mais uma edição onde combinou músicas de África e jazzes misturados. Após a turbulência, o festival concretizou-se como uma grande festa.

O pianista Aruán Ortiz pratica um jazz contemporâneo onde mescla diferentes referências de uma forma criativa. Editou em 2023 o disco “Serranias – Sketchbook for Piano Trio” (Intakt), e prepara-se para lançar, pela editora Clean Feed, “Pastor’s Paradox”. Por ocasião da sua passagem por Coimbra, estivemos à conversa com o pianista: uma entrevista exclusiva onde Ortiz nos fala das suas influências, do seu percurso e da sua música.

Jovem pianista e compositora, Clara Lacerda tem-se destacado na cena jazz nacional com uma multiplicidade de projetos. Natural de Vila Nova de Famalicão, a pianista passou pelo Conservatório de Música do Porto e pela ESMAE (Porto) e estuda composição com Abe Rábade e Carlos Azevedo. Participou no workshop “Som Crescente” com Peter Evans (que atuou na Galeria ZDB ) e tem-se apresentado ao vivo com os grupos The Peace of Wild Things (com Romeu Tristão e Ricardo Coelho) e Duke Ellington’s Songbook (com João Ribeiro e Romeu Tristão). Um dos seus projetos mais originais é o trio Herse, com a cantora Sofia Sá e a violoncelista Raquel Reis – que resultou de uma encomenda para o festival Theia e passou também pela Festa do Jazz . Recentemente foi convidada a escrever um arranjo para a Orquestra Jazz de Matosinhos e vai estrear um novo quinteto, com Afonso Silva, João Pedro Brandão, Romeu Tristão e Marcos Cavaleiro – o grupo apresenta-se ao vivo no dia 30 de setembro no espaço Porta-Jazz. Lançámos-lhe o desafio de escolher “os discos da sua vida”. Aqui estão eles.   The Strokes: “First Impressions of Earth” (RCA, 2006) John Coltrane: “Ballads” (Impulse, 1962) Ahmad Jamal: “At the Pershing: But Not for Me” (Argo, 1958) Emahoy Tsegué - Maryam Guèbrou: “ Ethiopiques, Vol. 21: Emahoy (Piano Solo)” (Buda, 2006) Brad Mehldau: “Songs: The Art of the Trio, Vol. 3” (Warner, 1998) / “Anything Goes” (Warner, 2004) Keith Jarrett: “Standards, Vol. 2” (ECM, 1985) Pat Metheny: “Bright Size Life” (ECM, 1976) Miles Davis Quintet: “Workin’” (Prestige, 1960) Caetano Veloso: “Livro” (Polygram, 1997) Fugees: “The Score” (Columbia, 1996) Frank Sinatra & Count Basie Orchestra: “Sinatra at the Sands” (Reprise, 1966) Charlie Haden: “American Dreams” (Verve, 2002) Thelonious Monk: “Solo Monk” (Columbia, 1965) Orquestra Jazz de Matosinhos & Maria João: “Amoras e Framboesas” (Universal, 2011) Duke Ellington: “Money Jungle” (United Artists, 1963) / “The Duke Plays Ellington” (Capitol, 1953) Kaja Draskler: “In Otherness Oneself” (Unsounds, 2022)  Carla Bley / Charlie Haden: “The Ballad of the Fallen” (ECM, 1983)  The Doors: “The Doors” (Elektra, 1967)  Jackie McLean: “New York Calling” (SteepleChase, 1974) Charlie Haden & Pat Metheny: “Beyond the Missoury Sky” (Verve, 1997) Seamus Blake: “Bellwether” (Criss Cross, 2009) The Beatles: “Abbey Road” (Apple, 1969) Guillermo Klein / Los Guachos: “CaRREra” (Sunnyside, 2012) Novos Baianos: “Acabou Chorare” (Som Livre, 1972) Nina Simone “Little Girl Blue” (Bethlehem, 1959) Radiohead: “In Rainbows” (XL, 2007) Vitorino: “Eu que me comovo por tudo e por nada” (EMI, 1992) Chet Baker: “Chet Baker Sings” (Pacific, 1956)

Foi-se agosto, entrou setembro. Foram-se as férias, regressam a rotina e as folhas secas. Antecipando o equinócio, lançámos o desafio aos colaboradores regulares da jazz.pt: a escolha de um disco de jazz para ouvir numa noite de outono. As propostas são diversas e surpreendentes, espelhando o mote da revista: discos de jazz, de todos os jazzes. Aqui estão eles, catorze discos para catorze noites de outono.