Foto: Reprodução/Instagram: @miltonbitucanascimento Hoje, quero falar sobre um dos maiores nomes da música brasileira: Milton Nascimento. Depois do que ocorreu com o artista na Edição do Prêmio Grammy de 2025, onde o músico de 82 anos foi alocado na arquibancada da premiação. Por isso o Ministério da cultura divulgou terça-feira, 4, uma nota manifestando “repúdio” à decisão do cerimonial da premiação, e também, me motivou a trazer a sua trajetória não é apenas por ser uma história de sucesso artístico, mas também por ser um exemplo de como a música pode ser uma ferramenta poderosa para enfrentar o racismo, o preconceito e as desigualdades sociais.

Quero compartilhar hoje algo sobre o que está revolucionando não apenas a área de tecnologia, mas também o campo das ciências sociais: o DeepSeek V3. Como também sou um entusiasta das interações entre tecnologia e sociedade, tenho acompanhado de perto como modelos de inteligência artificial (IA) como esse estão transformando a maneira como entendemos e analisamos o comportamento humano, as dinâmicas sociais e até mesmo as políticas públicas.

Quando pensamos na trajetória de Fernanda Torres, uma palavra vem imediatamente à mente: consistência. Uma artista que, ao longo de décadas, não apenas brilhou nos palcos e nas telas, mas também transformou sua carreira em um símbolo de dedicação e versatilidade. Sua conquista do Globo de Ouro em 2025 não é apenas um marco individual, mas também um momento de celebração para as artes cênicas brasileira no cenário mundial.

Escrever sobre Vinícius Júnior é falar de uma história inspiradora, daquelas que nos fazem acreditar no poder do sonho e da persistência. Ele, o jovem que saiu de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e conquistou o mundo com seu talento e dedicação, acaba de alcançar mais um feito histórico: tricampeão mundial de clubes da FIFA com o Real Madrid. Mas sua trajetória vai muito além dos títulos.

Quando assisti ao filme Compasso de Espera, dirigido por Antunes Filho em 1973, fiquei impressionado pela profundidade com que ele aborda os dilemas e as tensões raciais em um relacionamento inter-racial. Apesar de ser um filme de época, suas reflexões continuam extremamente relevantes até a atualidade, pois tocam em feridas que ainda não cicatrizaram completamente na nossa sociedade. Quero compartilhar algumas das reflexões que tive sobre o longa, especialmente no que diz respeito aos desafios enfrentados por casais inter-raciais em um mundo ainda marcado por preconceitos.

Os problemas do racismo e do sexismo não são apenas das pessoas negras e das mulheres, são temas que devem ser trabalhados por toda sociedade. Dessa forma, o papel de um aliado é, acima de tudo, caminhar ao lado, e não à frente, daqueles que enfrentam o racismo e o sexismo todos os dias. Ser aliado significa ouvir, aprender e usar de seus privilégios para abrir caminhos que talvez não estejam acessíveis para quem tem de enfrentar as opressões do sistema.

Falar sobre resistência cultural é falar sobre a nossa capacidade de transformar dor em força, opressão em criatividade e o apagamento em visibilidade. Uma figura que nos ensinou sobre isso com propriedade foi Lélia Gonzalez. Intelectual, ativista e uma das maiores referências do feminismo negro no Brasil, Lélia nos mostrou que a cultura é um poderoso instrumento de resistência. Vamos revisitar como as contribuições de Lélia Gonzalez podem nos ajudar a entender a cultura como um espaço de luta e transformação.

Quando falamos em racismo, muitas vezes pensamos nas interações do dia a dia: um olhar de desconfiança, um comentário de cunho preconceituoso, ou mesmo ações diretas de discriminação. Mas o racismo não está apenas nas pessoas; ele também está entranhado nas instituições. Esse é um ponto central do pensamento de Alberto Guerreiro Ramos, um dos maiores sociólogos brasileiros, cujo trabalho é uma bússola para entender e combater o racismo institucional.

Sempre que penso em transformação social, um nome que imediatamente vem à mente é o de Angela Davis. Como filósofa, ativista e escritora, ela dedicou sua vida à luta por justiça racial, igualdade de gênero e mudanças profundas nas estruturas institucionais que perpetuam as desigualdades sociais. E quando paramos para analisar o impacto de suas ideias, percebemos que elas vão muito além da teoria — são um convite à ação, especialmente para as mulheres, que desempenham um papel crucial na transformação das instituições.

Eu sempre acreditei que a literatura tem um poder transformador. Ler um livro não é relacionado apenas ao entretenimento ou aprendizado; é também um meio de se conectar com diferentes realidades, de enxergar o mundo com um outro olhar. E quando falamos de literatura negra feminina, estamos falando de muito mais do que palavras no papel. Estamos falando de resistência, de luta por reconhecimento e de um exercício de resignificar o que significa ser mulher, negra e protagonista da própria história.