Neste 26 de julho, quando tantos corações celebram Nossa Senhora de Sant’Ana e o Dia dos Avós, exaltamos também Nanã, a mais antiga entre os Orixás, senhora do tempo, da memória e dos mistérios que envolvem a vida e a partida. Sua força não se impõe. Ela acalma, sustenta e orienta, como as águas calmas dos pântanos onde reina. Nanã é o acolhimento que nos encontra nas horas difíceis. É a presença que nos conforta quando tudo parece incerto. Com seu barro sagrado, ela não molda apenas corpos, mas consciências. Cura feridas, acalma a alma e traz compreensão. E como hoje também é sábado, o dia consagrado a todas as Yabás, o Axé feminino se irradia com ainda mais força. Em cada mulher que acolhe, em cada gesto de ternura, em cada palavra de quem já viveu muito, Nanã se faz presente. Ela está nas mãos que embalam netos e na firmeza de quem escolhe amar, mesmo depois de tantas batalhas. Celebrar Nanã é reverenciar a ancestralidade que habita em nós. É reconhecer que fazemos parte de um ciclo sagrado que respeita o tempo, honra os que vieram antes e cuida com carinho dos que ainda virão. Que o dia de hoje nos ofereça a serenidade das águas antigas e a sabedoria das avós do mundo. Que cada avô e cada avó se sinta celebrado, pois são pilares da nossa existência. Saluba, Nanã, senhora das chuvas suaves e dos segredos do tempo. Salve Nossa Senhora de Sant’Ana! E viva todos os que têm o privilégio de ser ou ter um avô, uma avó. Feliz Dia dos Avós para todos, com muito Axé!