Dia três de novembro de 2025, o jogador Lau Yagami se consagra campeão de The King of Fighters XV pelo torneio mundial SNK World Championship. O primeiro brasileiro a conseguir esse título. Nosso jogador residente no estado do Maranhão jogou contra as expectativas e as probabilidades. Seu sucesso, sua humildade e carisma fizeram com que muitas pessoas, que até então não o conheciam, o reconhecessem e o admirassem.

Os remakes e remasters são uma tendência na nona geração de games. Para o bem ou para mal, são figuras frequentes. Há quem não goste muito da ideia e há quem apoie. De qualquer forma, essa prática ainda vende muito jogo. Então, se tem quem compre, vai continuar tendo quem venda. É possível concluir que há algo positivo nesse esquema de requentar jogo.

Nikke: Goddess of Victory foi um dos poucos jogos mobile que me prenderam. E eu comecei a entender porque ele é viciante e como todos seus produtos acabam rápido nas prateleiras do Japão (apesar de ser um jogo coreano). Seus elementos vão além da jogabilidade e o fanservice. Seu sistema de gacha e coleção também são apelos fortes para se manter no jogo.

Muita gente não tem ideia de como conheceu a série Fatal Fury. Ela simplesmente apareceu, muita gente curtiu. Na maioria dos casos, por lembrar outro jogo mais popular. E a depender de onde e quando a pessoa viu pela primeira vez essa franquia de luta da SNK, ela vai ter um carinho maior ou menor por esse jogo que deu origem à série The King of Fighters.

Maiden Cops é aquele tipo de jogo que te serve um diversão sem muitos altos e baixos com o uso de fórmulas conhecidas e que todo mundo gosta. Também conta com uma dose de humor, fanservice e lojinha.

Parece que a vida não está fácil para os jogadores. Sony praticamente fazendo conversão direta do dólar para precificação no Brasil, Nintendo aumentando significativamente o preço dos seus jogos e, agora, Microsoft dobrando o preço da assinatura do seu principal serviço. Isso quer dizer que ninguém escapou de alguma política de reajuste.

Ao que parece, os ninjas voltaram com tudo. Dois personagens da era clássica dos games voltaram, coincidentemente, juntos. Tanto Shinobi: Art of Vengeance, da Sega, e Ninja Gaiden Ragebound, da KOEI TECMO, são jogos de ação frenética que remetem a suas origens. Jogos bem parecidos, mas mostraram o que fazer e o que não fazer com jogos do mesmo gênero. Principalmente para atrair jogadores que não viveram a era de nascimento dessas franquias.

A série Fatal Fury tem uma relação um tanto complexa com o público brasileiro. Não no sentido de ser um ame ou odeie. Mas sim, pelo fato de ter vários tipos de gostar da série icônica da SNK. Por esse misto de sentimentos e o relançamento do jogo em 2025 para Steam, vale a pena lembrar que o jogo não teve seu potencial explorado em fliperamas tupiniquins.

Senran Kagura não é só uma franquia de ninjas colegiais com roupas rasgáveis. É um manifesto estético sobre o exagero, o erotismo cômico e a cultura otaku que se recusa a se aposentar. Criada por Kenichiro Takaki, a série começou em 2011 e desde então se multiplicou em jogos, animes e spin-offs que abusam do fanservice ao mesmo tempo que cria personagens carismáticas. Resolvi falar desse jogo porque estamos na época dos ninjas, afinal, já tivemos Shinobi e Ninja Gaiden.

Sim, isso mesmo. Não é uma review ou análise, mas impressões de que o jogo me passou. Eu esperei o lançamento em mídia física para experimentar e ver como ficou esse renascimento de outro ninja clássico. E sim, haverá comparações com Shinobi da Sega. Afinal ambos foram lançados no mesmo período (diferença de semanas) e os dois se juntaram em campanha de divulgação.

Eu conheci a série pelo título Atelier Marie Remake - The Alchemist of Salburg. E me encantei com a forma que se passa a narrativa e como é algo diferente mesmo sendo uma franquia com mais 20 anos de existência. Uma franquia da Koei Tecmo (você provavelmente conhece de Dead or Alive) desenvolvida pelo estúdio Gust. Porém, ainda vive à margem do mainstream dos JRPGs. Mas talvez seja justamente aí que reside seu encanto: Atelier é uma ode à delicadeza, à experimentação e à construção de mundos onde o combate não é o centro — e sim a alquimia, a amizade e o tempo bem vivido.

Shinobi é uma franquia muito clássica da SEGA. Esteve presentes em vários consoles e plataformas e em várias gerações. Durante todo esse tempo, cada entrada da franquia mantinha o espírito do jogo e o mesmo acontece em Art of Vengeance. Ao mesmo tempo que se moderniza e traz um jogo desafiante que agrada quem já joga literalmente a décadas e a quem pode passar a conhecer o ninja Joe Musashi em 2025.

Em tempos de Dark Souls e Silk Song, não poderia escapar de falar de algo assim. Mas recentemente veio (de novo) a discussão da necessidade de nível de dificuldade fácil para aquele tipo de jogo difícil. E, como sempre, a Internet já se dividiu em times e foi aquela briga generalizada. Porém, todo mundo esqueceu de fazer o mais importante nessas horas: conversar.

Jogos de luta são complexos e cheios de profundidade. Alguns jogadores podem esquecer isso por possuírem bastante experiência acumulada. E, justamente por sua habilidade, tendem a avançar muito rápido nos rankings on-line, dessa forma, têm a sensação de que o verdadeiro desafio apenas aparece em níveis altos.

O público geral ainda vê jogos de luta como “aperta botão e torce para dar certo”, ignorando a profundidade estratégica, leitura de adversário e execução técnica envolvida. Por outro lado, jogos de luta exigem tanto quanto qualquer outro competitivo. Treino, dedicação, estratégia e improviso. Apesar de serem o berço dos eSports e da competição 1v1 pura, os jogos de luta ainda vivem à margem do mainstream, o grande público. Enquanto MOBAs e FPS dominam audiências e patrocínios, o gênero luta luta (sem trocadilho) para conquistar novos jogadores.

Nem todo jogo nasce pronto — e muitos só mostram seu verdadeiro potencial depois de atualizações cruciais. Alguns jogos precisam de diversas correções para realmente funcionar. Algumas vezes falta conteúdo, outras, falta netcode, também pode dizer que falta polimento. Mas em épocas de crunch, prazos apertados, nem sempre o jogo sai como idealizado logo no lançamento.

Dizem que a propaganda é a alma do negócio. Em alguns casos, pode ser até mais do que isso. Pois há jogos que tiveram uma boa campanha de marketing e elevaram o hype da galera e entregaram algo muito aquém do prometido. Em muitos casos, criam expectativa de coisas que nem estarão no jogo final e acabam por frustrar os jogadores.

Já para adiantar, não é uma crítica aos jogos AAA, jogos de grande orçamento. Mas como sua produção vem afetando a indústria de maneira significativa e como isso afeta as demais produções no geral.

Jogadores de Fighting Games são bastante competitivos. Desde as épocas em que não havia ranking, rivalidade comia solto nos fliperamas. Os jogadores clássicos devem ser lembrar dos seus rivais e outras duplas de rivais que todo mundo parava para assistir duelando.

Ultimamente, os jogos de luta estão vindo com menos personagens no elenco inicial. E também estão vindo menos personagens por temporada de DLC. Praticamente, um por estação do ano, o que dá um a cada três meses. Essa redução tem uma explicação, os novos personagens não podem quebrar o jogo. Por isso, muitos testes devem ser realizados até o lançamento do personagem. E ainda assim, passam alguns "Monstros" do on-line.

Para muitos jogadores clássicos, ambas as empresas marcaram muito. E justamente por serem rivais, tanto a Capcom como a SNK entravam com novidades e melhorias de seus produtos. Porém, por mais que houvessem "homenagens" entre as franquias, cada uma tinha seu charme. Afinal, até hoje, existe quem preferia The King of Fighters e quem prefira um Street Fighter.

Em tempos de reclamação e pouco jogo, as pessoas esquecem para que realmente servem os jogos. E justamente por esse motivo que, em muitos casos, perdem seu precioso tempo com jogos que não as agradem.

A questão é que não dá para esperar resultado igual para dinâmicas diferentes. Tentaremos conversar o que contribui para as coisas não "serem como antigamente" e nem por isso torna uma geração pior do que a outra.

O título do post consegue estar certo e errado ao mesmo tempo. Quando a pessoa adquire um jogo, ela quer diversão e aproveitar aquele título. Não importa o que o vizinho goste. Mas há quem ultrapasse esse limite e acaba tentando prejudicar a diversão alheia.