Se tivesse que resumir em poucas palavras, sob uma perspectiva filosófica, minhas impressões sobre o "Coringa, Delírio a Dois", eu diria que o filme consiste numa análise lacaniana do Arthur Fleck/Coringa, o que frustra a expectativa do público de que fosse uma apoteose nietzschiana do Coringa.

Exemplo de futuro distópico: viver num mundo onde a expressão "instagramável" possa soar como elogio.

Gosto demais de ler o que o @tedgioia.bsky.social escreve (e esta é a segunda vez em que linko pra ele hoje). Segundo ele, o entretenimento engoliu a arte, a distração engoliu o entretenimento e o vício está engolindo a distração. Baita texto, aliás. Você deveria ler sem pressa.

Alguns pensadores estão defendendo que o capitalismo, conforme definido por Marx, acabou e estamos entrando em algo semelhante a um neofeudalismo digital. Não é verdade, argumenta Evgeny Morozov. Para entender como o capitalismo opera hoje, os marxistas precisam abandonar o viés da fábrica.