Quem aproximou os personagens da trama foi uma ex-funcionária da embaixada que Delfim demitira, Mariza Tupinambá. Era amante do ex-ministro Roberto Campos, então embaixador em Londres, e contou sua versão em entrevistas bombásticas ao Pasquim e numa CPI que fez barulho com o caso.

Um coronel do Exército também participou da reunião e enviou outro informe. Os militares engavetaram tudo, mas as denúncias voltaram à tona mais tarde. Delfim sempre tratou o escândalo com pilhéria, ridicularizando seus acusadores e desafiando-os na Justiça a apresentar provas. Nunca apareceu nada.

Em 1976, um banqueiro francês acusou Delfim de exigir comissões de empresas que queriam fazer negócios no Brasil. Um diplomata cuja missão era vigiar o embaixador ouviu o banqueiro e informou o Itamaraty. Encontrei quatro dos seus telegramas nos arquivos do então chanceler Azeredo da Silveira.