Presidente emitiu comunicado devastador contra a caterva bolsonarista que atropelou iniciativa do Planalto, substituindo projeto por versão que ajuda o crime organizado. LEIA

Saved Treasures of Gaza aims to preserve territory’s historical identity against backdrop of war and famine

O presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou nesta quinta-feira que respeita a decisão de Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), que deixou o Brasil, mas não pretende permitir que ele exerça o seu mandato morando nos Estados Unidos. Em entrevista ao Metrópoles, Motta ressaltou que não há previsibilidade de “mandato a distância” no regimento da Casa e não há a possibilidade de alterá-lo para abrir uma exceção ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Análise: Flávio Bolsonaro se beneficiou de regra que bolsonaristas agora defendem o fim 'Jogo Político': 'Tarcísio corrigiu comunicação para não parecer ligado ao tarifaço de Trump', diz Kassab "Não há previsibilidade para o exercício do mandato à distância pelo nosso regimento. Isso seria uma excepcionalidade, o que não se justifica para o momento”, disse Motta em entrevista ao Metrópoles. Motta acrescentou que Eduardo fez uma "escolha política" ao deixar o país para fazer articulações com o governo de Donald Trump, que resultou em sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao tarifaço de produtos brasileiros. O presidente da Câmara também negou a possibilidade de uma excepcionalidade e mencionou o período da pandemia de Covid-19, quando parlamentares puderam exercer o mandato à distância. "Tivemos isso (excepcionalidade) no momento da pandemia, que era uma situação de saúde pública. Agora, nós temos um problema político-jurídico que envolve o deputado Eduardo Bolsonaro, que tomou a decisão de ir para os Estados Unidos e lá ficar, defendendo teses que lhe são caras", afirmou. Motta disse ainda que não pretende “fulanizar” a Câmara dos Deputados e não pretende privilegiar, nem prejudicar Eduardo Bolsonaro. "Regimento se muda, mas por que abrir (exceção) para Eduardo Bolsonaro, e não abrir para os demais? Não dá para tratar isso como algo excepcional. Foi uma decisão dele", afirmou. Receio sobre possíveis sanções dos EUA Hugo Motta tambérm respondeu sobre a questão de sofrer possíveis sanções dos EUA, tal qual aconteceu com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O presidente comentou que isso é ônus de estar sentado na cadeira que ocupa. "O ônus é esse equilíbrio. Não podemos ficar vinculando a nossa atuação política a essa ou aquela argumentação ou risco. Estou muito tranquilo com a minha atuação e tenho buscado resolver tudo na base do diálogo", disse.