Longe da televisão desde a série "Shippados" (2019), do Globoplay, Louise D'Tuani vem se dedicando às produções teatrais. No dia 3 de dezembro, ela estreia a temporada carioca da peça "Felizarda", com Bella Camero, Felipe Haiut e Sol Menezzes no Teatro Gláucio Gill, em Copacabana, na Zona Sul da cidade. O espetáculo é idealizado por Louise e Bella, que são amigas. Ele reflete sobre a hiperprodutividade e os abismos da comunicação no mundo corporativo. Entrevista: Natália do Vale diz que não pensa em voltar às novelas e fala do casamento: 'É possível encontrar o amor na maturidade' E mais: Maria Padilha fala de projetos no teatro e do casamento de 14 anos com empresário: 'Diferença de idade colossal' — Há muito tempo li o livro "Sociedade do cansaço", do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, e comecei a refletir sobre o assunto. Quando eu e a Bella começamos a querer trabalhar juntas, sugerimos este tema para a dramaturga Cecilia Ripoll. Queríamos falar sobre como a sociedade está inserida neste sistema, que nos atravessa e nos engole. Mas de uma forma bem-humorada, com uma linguagem contemporânea. Nada que fosse pesado para o público — explica Louise, que conheceu Bella durante as apresentações da peça "Confissões de adolescente" , em 2009. — Colaboramos com experiências pessoais para a história também. A gente está sempre tentando se superar, produzir mais, atender a expectativas. É uma pressão silenciosa, muitas vezes. E a pergunta que fica é: em nome de quê? Para atender ao outro, para performar ou para a gente? Quando se atinge uma meta já se pensa na próxima. E acelera, acelera, nunca está suficiente. Aos 36 anos, Louise revela que ela própria já se cobrou muito em determinado momento da vida. Mas aprendeu a lidar com a questão. — Eu me sentia mal quando perguntavam por que eu não estava fazendo novela, se eu estava trabalhando. A gente sofre pressão interna e externa. E eu sempre dei o meu melhor. Não é uma escolha minha não estar fazendo novela. Eu gosto de trabalhar, amo o que faço. E no teatro eu tenho me produzido. Acho que encontrei um caminho para falar sobre o que quero, para poder trabalhar — explica a atriz, cuja última trama foi "Rock story" (2016). "Felizarda" é a segunda peça que Louise produz. A primeira foi "Alaska", que ficou em cartaz até 2024, com Rodrigo Pandolfo no elenco. Eles pretendem voltar com o espetáculo este ano: — Se produzir é exaustivo. Mas estar no palco é uma alegria tão grande que dá sentido a tudo. Muitas vezes me questiono, pois até a realização do projeto há mil percalços pelo caminho. É tudo muito estressante, tem muita dificuldade em cada processo. Em "Felizarda" eu falei que queria me divertir e que o processo fosse divertido. E consegui em muitos momentos. Depois da estreia é um prazer infinito. Como se tudo tivesse valido a pena. É realmente bacana. Há dez anos ela é casada com o também ator Eduardo Sterblitch. No meio do ano, o casal fez uma viagem para a África do Sul para celebrar a data: — O tempo voa. A gente teve que abrir uma brecha para poder fazer esta viagem para curtir, estar junto. Se não fizermos essa escolha e abrirmos um espaço para a relação, para estarmos juntos, a vida atropela. O Eduardo pôde viajar em um intervalo da peça "A babá quase perfeita" e voltou ao palco três dias depois que chegamos. Achamos brechas para celebrar, comemorar. Amamos muito o que fazemos, gostamos do nosso próprio espaço e gostamos de estar juntos. Um entende muito bem o lugar do outro. TV e famosos: se inscreva no canal da coluna Play no WhatsApp Os dois são pais de Caetano, de 2 anos, e se dividem na rotina para dar conta dos cuidados com o menino. — Quando a peça estreou em São Paulo, ficamos lá ensaiando, e levei o Caetano, que ainda não está na escola. Eu ia para o teatro todos os dias, e o Eduardo estava em cartaz lá também. Quando ele estava fazendo o musical "Uma babá quase perfeita", ele conseguia vir mais para o Rio. A gente tem olhado muito para essa questão, tem conversado bastante para tentar dar uma desacelerada. Só que na nossa profissão os trabalhos vão surgindo e muitas vezes são imperdíveis. Mas o Caetano é a nossa prioridade total, estamos fazendo o possível para passar o tempo que podemos com ele. Louise D'Tuani e Eduardo Sterblitch Reprodução/Instagram Eduardo, Caetano e Louise no aniversário de dois anos do menino reprodução Initial plugin text

Episódio de calor excessivo na Argentina trará temperatura muito alta no Sul, Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil.

Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno, de 78 anos, afirmou sofrer doença de Alzheimer, um tipo de demência, desde 2018. O diagnóstico foi informado por ele mesmo durante o exame médico realizado nesta terça-feira, no Comando Militar do Planalto, em Brasília, para onde foi levado para cumprir sua pena de 21 anos de prisão na ação da trama golpista. General Heleno preso: militar de 78 anos só pode ficar em unidade na qual comandante tenha 'precedência hierárquica' De ‘fortaleza’ da Marinha à Papuda: generais vão para quartéis, e precedente de Lula define prisão de Bolsonaro Segundo o registo do exame, o militar disse que possui perda de memória recente. "Refere ser portador de Demência de Alzheimer em evolução desde 2018, com perda de memória recente importante, prisão de ventre e hipertensão, em tratamento medicamentoso", diz o registro do exame, cujo objetivo era avaliar o estado de saúde geral e a integridade física do militar antes de ser recolhido ao cárcere, documentando doenças preexistentes e sinais de lesões corporais recentes ou antigas. Alzheimer é um tipo de demência que causa perda de memória e dificuldade para pensar com clareza. Ela acontece porque algumas células do cérebro vão sendo danificadas ao longo do tempo, o que afeta atividades simples do dia a dia. Os sintomas começam leves e vão ficando mais fortes com o passar dos anos. No momento do exame, ele se queixou apenas de dores nas costas. A médica que o avaliou apontou que Heleno apresentava "bom estado geral, alerta e com sinais vitais regulares". "Ao exame geral, trata-se de indivíduo idoso, com aparência condizente com a idade biológica, colaborativo e com estado emocional estável", diz. O general está no topo da carreira e só pode ser abrigado em unidades onde tenham outros oficiais de quatro estrelas à frente, como é o caso do Comando Militar do Planalto. O prédio fica em uma área militar em Brasília, próxima a chamada Praça dos Cristais e ao Quartel-General do Exército. Heleno foi chefe do GSI de 2019 a 2022 e foi condenado junto com Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. Durante o julgamento, foi destacada a sua participação em reuniões no Palácio do Planalto destinadas a buscar respaldo institucional para medidas excepcionais, apesar da ausência de qualquer indício real de irregularidades no processo eleitoral. Na terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou o trânsito em julgado da ação penal, o que significa que não há mais espaço para recurso, e determinou que os envolvidos começassem a cumprir a pena. O GSI é responsável pela segurança pessoal do presidente, do vice-presidente e dos seus familiares. A pasta integra a estrutura da Presidência da República e é responsável pela assistência direta ao presidente especialmente quanto a assuntos militares e de segurança. Até 2023, o GSI era o órgão ao qual a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estava vinculada. A Polícia Federal apontou que durante o governo Bolsonaro, a Abin, chefiada pelo deputado federal Alexandre Ramagem, também condenado no âmbito do processo da trama golpista, montou uma estrutura paralela e espionou adversários políticos do então presidente.

OUTRO LADO: empresa responsável não comenta; órgão ambiental aplica multa de R$ 1,2 milhão