Em contraposição às Zonas Azul e Verde, surge o movimento promissor das "Yellow Zones". Ativistas das periferias de Belém buscam discutir como as mudanças climáticas afetam as áreas mais pobres, propondo novos imaginários políticos e territoriais.

Essa repetição de modelos reflete uma "inércia sistêmica". O sistema de transformação da infraestrutura está "pronto para fazer exatamente o que sempre se fez", transformando megaeventos em "cidade de exceção" que repete o "mais do mesmo" em técnica, gestão e projetos.

O foco no rodoviarismo é contraditório para Belém, uma metrópole fluvial com 42 ilhas e uma relação histórica com as águas. O modal hidroviário, apesar de seu potencial, recebeu investimentos "absolutamente mínimos", enquanto o transporte continua predominantemente "sobre pneus".

Apesar dos R$ 7 bilhões para infraestrutura, Belém, metrópole fluvial com 42 ilhas, priorizou obras rodoviárias (duplicação de avenidas e viadutos), repetindo um modelo carbocêntrico que a COP30 deveria desafiar, frustrando a oportunidade de inovar a partir da Amazônia.

3. Controle democrático: exigimos o controle democrático da atividade policial e o fim da cumplicidade entre o poder público e as estruturas que promovem o extrativismo armado na produção da cidade.

2. Fim das operações letais: abandone a política baseada em operações armadas e espetacularizadas, que paralisam o cotidiano. O combate ao crime deve ser feito com inteligência, investigações financeiras e políticas sociais, e não através do sacrifício da vida da população.

1. Investigação imediata: perícia independente e responsabilização dos agentes e autoridades envolvidos neste massacre.

Pelo fim dessa necropolítica e do extrativismo armado nos aliamos aos movimentos sociais e de favelas e todas as instituições que defendem o estado de direito e democracia, que exigem:

Os relatos de flagrante abuso por parte das forças policiais e a postura do governador do estado em classificar a matança como um "sucesso" demonstram a falência da segurança pública em assegurar o combate aos crimes que devem ser combatidos e a proteção e preservação da vida

Condenando uma cidade a viver eternamente em condições precárias do ponto de vista urbanístico e ambíguas do ponto de vista político, a definição e demarcação deste “lugar dos pretos e pobres” foi e continua sendo fruto de planejamento e projetos conduzidos pelo Estado.

É a expressão da necropolítica, um projeto de Estado que naturaliza a morte em territórios populares e a transforma em forma de governar pelo terror, perpetuando um ciclo de exclusão territorial e controle político e social sobre as populações.

Isso não se configurou como uma mera estratégia de combate ao crime, mas sim um massacre conduzido pelo Estado, em territórios de maioria negra e pobre.A lógica da "guerra às drogas" configura, na realidade, uma guerra interna contra o povo negro.

A megaoperação policial conjunta, deflagrada em 28 de outubro de 2025, já é considerada a ação mais letal da história do estado. Um balanço do instituto Fogo Cruzado aponta, até o momento, 128 mortes (incluindo civis e policiais), com violência escandalosa e injustificável.

Recentemente, uma decisão judicial concedeu um fôlego temporário de 180 dias para o teatro , mas a luta está longe de acabar.

Entenda os detalhes alarmantes do caso no artigo: 🎭Teatro de Contêiner no centro de uma guerra

#TeatroDeContainer #CiaMungunza #CamposElíseos

O que acontece quando um espaço cultural premiado, que oferece arte, apoio social e um respiro para a comunidade, é ameaçado de despejo em nome de uma "revitalização” que exclui as vidas que existem no território?

Como isso se conecta com o “desaparecimento” da Cracolândia?

Prefeitura e governo estadual querem "limpar" a região, alegando projetos habitacionais, mas por trás das justificativas, há um enredo de inconsistências, truculência e uma desvalorização da cultura e da vida que pulsa no local.

🗞️Leia o artigo completo 'Recupera Pantanal: para que e para quem?'.

www.labcidade.fau.usp.br/recupera-pan...

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Descubra como essa iniciativa pode perpetuar remoções forçadas, insegurança habitacional e obras que não resolvem o problema das enchentes na região.

Para quê e para quem, afinal, é este projeto? Entenda a fundo os riscos e desafios para o direito à moradia na região.