vinte centavos dados nota final pra Butterfly do TMRJ: 10/10 (eu não sou bom com números e estou sob efeito da emoção ainda, foi um espetáculo muito prazeroso)
December 1, 2025 at 11:03 PM
vinte centavos dados nota final pra Butterfly do TMRJ: 10/10 (eu não sou bom com números e estou sob efeito da emoção ainda, foi um espetáculo muito prazeroso)
Meu grão de sal seria que talvez a movimentação de coros e solistas pelo palco poderia ser melhor trabalhada assim como a iluminação, eu senti falta de um pouco de contraste
December 1, 2025 at 10:59 PM
Meu grão de sal seria que talvez a movimentação de coros e solistas pelo palco poderia ser melhor trabalhada assim como a iluminação, eu senti falta de um pouco de contraste
Mas Madama Butterfly é uma ópera de aposta em um único solista; Se a protagonista consegue fazer um bom trabalho, já vale o ingresso. Senão, é pra levantar e ir embora no intervalo.
December 1, 2025 at 10:59 PM
Mas Madama Butterfly é uma ópera de aposta em um único solista; Se a protagonista consegue fazer um bom trabalho, já vale o ingresso. Senão, é pra levantar e ir embora no intervalo.
E foi début dela no papel!!! Ela te uma voz realmente talhada pro verismo pucciniano. O Pinkerton de Miguel Geraldi, em contrapartida, não estava lá grandes coisas. O Sharpless, cantado por Santiago Villalba estava uns passos à frente, vocalmente. A Suzuki, de Lara Cavalcanti, estava correta.
December 1, 2025 at 10:54 PM
E foi début dela no papel!!! Ela te uma voz realmente talhada pro verismo pucciniano. O Pinkerton de Miguel Geraldi, em contrapartida, não estava lá grandes coisas. O Sharpless, cantado por Santiago Villalba estava uns passos à frente, vocalmente. A Suzuki, de Lara Cavalcanti, estava correta.
A soprano argentina Daniela Tabernig MARAVILHOSA no papel principal. Eu queria muito ter visto a veterana brasileira Eiko Senda, mas a Daniela foi gratíssima surpresa. Uma voz poderosíssima, sem nenhuma dificuldade de correr pela sala ou furar a orquestra (um problema da leva atual de cantores)
December 1, 2025 at 10:49 PM
A soprano argentina Daniela Tabernig MARAVILHOSA no papel principal. Eu queria muito ter visto a veterana brasileira Eiko Senda, mas a Daniela foi gratíssima surpresa. Uma voz poderosíssima, sem nenhuma dificuldade de correr pela sala ou furar a orquestra (um problema da leva atual de cantores)
O cenário explora muito bem a estética do desastre, da terra arrasada. Os elementos cênicos são outro acerto; as linhas e a perspectiva muito bem trabalhadas no palco. Para chegar à casa-ninho de Cio-Cio San _ao lado de um edifício-esqueleto_, sobe-se um penhasco lindamente deplorável.
December 1, 2025 at 10:45 PM
O cenário explora muito bem a estética do desastre, da terra arrasada. Os elementos cênicos são outro acerto; as linhas e a perspectiva muito bem trabalhadas no palco. Para chegar à casa-ninho de Cio-Cio San _ao lado de um edifício-esqueleto_, sobe-se um penhasco lindamente deplorável.
A ambientação foi transposta pra Hiroshima da década de 50, o que eu achei uma sacada GENIAL; a Hiroshima pós bombardeio e não o idílio exótico do começo do século como o libreto propunha.
December 1, 2025 at 10:36 PM
A ambientação foi transposta pra Hiroshima da década de 50, o que eu achei uma sacada GENIAL; a Hiroshima pós bombardeio e não o idílio exótico do começo do século como o libreto propunha.
fun fact: Gounod foi à noite de estreia da Carmen, de Bizet, elogiou o compositor, mas diz-se que falou depois que a única ária que prestava era a da coadjuvante, porque era claramente inspirada no que ele mesmo compunha, ''o molho que acompanha o peixe'', como ele teria dito
November 28, 2025 at 10:52 PM
fun fact: Gounod foi à noite de estreia da Carmen, de Bizet, elogiou o compositor, mas diz-se que falou depois que a única ária que prestava era a da coadjuvante, porque era claramente inspirada no que ele mesmo compunha, ''o molho que acompanha o peixe'', como ele teria dito
aliás, esse ano foi o ano do gótico/místico/etéreo-fronteiriço na cultura pop: o show ritualístico da lady gaga em copacabana, o álbum da florence, o frankenstein do del toro, essa pataquada da emerald...reject reality, embrace chaotic misticism
November 22, 2025 at 2:48 PM
aliás, esse ano foi o ano do gótico/místico/etéreo-fronteiriço na cultura pop: o show ritualístico da lady gaga em copacabana, o álbum da florence, o frankenstein do del toro, essa pataquada da emerald...reject reality, embrace chaotic misticism