Esses dados confirmam a percepção de que o movimento #elenão, composto majoritariamente por mulheres, refletiu no resultado das urnas, ainda que Bolsonaro tenha vencido.

Assim, podemos observar que o voto feminino foi majoritariamente contra Bolsonaro, enquanto ele teve uma maioria mais expressiva entre os homens.

De acordo com o Datafolha, 43% das mulheres votaram em Bolsonaro, enquanto 57% votaram em Fernando Haddad. Já entre os homens, Bolsonaro teve 55% dos votos e Haddad ficou com 45%.

Assim como quando ocupou a esfera federal, esse grupo não perdeu sua essência: a de criar factóides apoiados em discursos moralistas, por isso se ancoram no discurso sensível de "Deus e Família".

Contudo, nos esquecemos que o bolsonarismo, por si só, já é velho, coleciona derrotas e tem se mostrado, mesmo no poder, ineficaz para resolver as questões urgentes das cidades.

Falar ou rejeitar o #elenão pode até fazer parte de um esforço maior para encontrar uma estratégia mais eficiente contra esse bolsonarismo com uma nova roupagem jovem, com discurso acessível e rejuvenescido.

Além disso, precisamos restabelecer a verdade sobre o movimento #elenão. Movimento que muitos criticam, alguns com razão, mas o que não se pode dizer é que ele não foi vitorioso. Bolsonaro se elegeu, mas não com os votos das mulheres, lá em 2018.

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