trabalho, é a derradeira. Porque ataca os próprios instrumentos de defesa dos trabalhadores, da greve à negociação. Como sempre sonharam, os patrões mais autoritários, que atrasam a nossa economia, terão poder quase absoluto.

Foi consensual nos sindicatos das duas centrais. Montenegro criticou a captura dos sindicatos por interesses partidários. Ninguém o avisou que os sindicatos próximos do PSD apoiam a greve. Como vimos com a troika, cada direito perdido dificilmente regressa. Mas esta não é mais uma mudança da lei do

inflexível paralisou a concertação social, recusa mexer nas“traves mestras” da sua desregulação radical do nosso direito laboral e espera que os sindicatos negoceiem para o equilíbrio entre o terramoto e o incêndio. Não conseguiu unir apenas CGTP e UGT para a greve geral de 11 de dezembro.

O despedimento ilegal deixa de obrigar reintegração, os direitos de defesa são reduzidos e põe-se a segurança social a pagar parte da despesa. A fiscalização e a ação judicial são reduzidas. Este pacote é, antes de tudo, um prémio aos abusadores, que serão a bitola. A ministra, cuja arrogância

profissional e pessoal, com ataques aos direitos de parentalidade e desregulação de horários. Num país com graves problemas demográficos a reduzir a entrada de imigrantes, um governo supostamente conservador mostra desprezo pela família. Pela porta do cavalo, permite-se o despedimento livre.

Os contratos prazo aumentam de duração. Como mostra a redução de deveres de formação profissional, o objetivo não é qualificar e aumentar a produtividade, é ter carne para canhão numa economia baseada em salários baixos e mão de obra esmifrada. Desequilibra-se a relação entre a vida

enquanto expulsa médicos do SNS. Não é por estupidez que um tarefeiro ganha mais para fazer menos, inviabilizando uma gestão coerente e consolidação de equipas. É uma escolha com vista à desestruturação do SNS. E cortar nos tarefeiros sem meios para os ter no quadro é ignorar a origem do problema

restantes morrer mais cedo,vamos gastar muito mais. E isto coincide com o domínio do populismo fiscal e do populismo xenófobo, que tornarão o Estado Social e o serviço universal de saúde insustentáveis. Junta-se a substituição de despesa permanente por contratação externa,que dá músculo aos privados

grávidas incluídas, vão pagar com a sua saúde. Porque os números do OE estão martelados e o SNS suborçamentado. Somos cada vez mais velhos que vivem cada vez mais tempo com acesso a uma medicina cada vez mais desenvolvida. A não ser que aceitemos que isto será só para os mais ricos, deixando os

É um fator de instabilidade. A gota de água não são as mortes, apesar de serem o mais trágico. É o pedido de cortes em serviços em rutura. Não se conhece qualquer medida que favoreça a eficácia da despesa, só um corte de 10% na aquisição de bens e serviços. Se há corte e nada muda, os cidadãos,

Quando o país acha que a ética não é relevante, dá um recado aos agentes políticos: Podes fazer o que quiseres, basta teres muita lata.

atrasados e, no caso da RSD, atirou o que estava feito para o lixo, afastando a ERC e CNPD da regulação, concentrando-a na ANACOM, sem apetência para a função, mas dependente de nomeação do governo. Enquanto o faz, o secretário de Estado mantem mais de meio milhão de euros euros de ações da Google

quiseram eternizar-se no poder, Ventura não tem convicções. Mas também julgámos que Trump provocava quando dizia ao que vinha. Depois de atirar a pedra, Ventura escondeu a mão, como de costume. É o que o separa de um verdadeiro salazarista: a cobardia.

trabalhadores insurretos. Lisboa cercada de barracas e que uma cheia matasse centenas. Os miseráveis a fugir a salto. E a censura a esconder tudo. Abafar um escândalo de pedofilia envolvendo a fina flor do regime. Impor o nepotismo e a cunha. Mandar gerações para a guerra. Como tantos que

Gouveia e Melo percebeu que a esquerda está a ser negligenciada e, se conseguir somar parte dela ao centro que quer um presidente sem partido e à direita com gosto pela farda, já está na segunda volta.