Quando escrevi aqui que Bolsonaro parecia ouvir vozes, leitores me condenaram. Não direi felizmente, mas agora ele mesmo confessou o fato ao tentar romper a tornozeleira. Acreditou que o aparelho emitisse mensagens — talvez alienígenas. Dá para entender, enfim, a lógica por trás de seus seguidores e de hábitos tão estranhos quanto ajoelhar-se e rezar para um pneu. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Em Buenos Aires, Dua Lipa aproveitou momentos de folga da turnê “Radical Optimism” para fazer um tour gastronômico e assistir a uma clássica partida de futebol entre Boca Juniors e River Plate, no estádio La Bombonera. Agora que está no Brasil, cresce a expectativa dos fãs sobre onde a diva vai aparecer — depois do show em São Paulo, no último sábado, que teve participação de Carlinhos Brown e Caetano Veloso, a cantora foi vista curtindo a festa Circoloco, em Indaiatuba, interior paulista, e, vestindo um moletom do Brasil, até dançou funk. Dua Lipa e Shawn Mendes: artistas são 'ministros do turismo' e 'merecem CPF', brincam fãs brasileiros 'Me arrepiei do início ao fim': cantora que viralizou ensinando a cantar como Gal Costa faz cover de 'Baby' e web reage Considerando que a próxima apresentação da britânica em solo brasileiro é só no próximo sábado, dia 22, no Rio de Janeiro, ela — que é conhecida pela paixão por viagens e pelo hábito de aproveitar e celebrar a vida — vai ter bastante tempo para passear e conhecer novos lugares. Ao GLOBO, fãs da cantora (do fã-clube “Dua Lipa Brasil”) dão dicas culturais e gastronômicas imperdíveis para ela aproveitar o Rio da melhor maneira possível, como costuma fazer por onde passa. Veja abaixo a lista completa com 9 indicações e o motivo para cada uma: 1. Beco do Rato (Lapa) Roda de Samba no Bar Beco do Rato Leo Martins “Um clássico absoluto da Lapa, puro Rio raiz e cheio de personalidade. Aqui não tem frescura, é samba de verdade, música boa e aquela energia quente que faz todo mundo dançar junto. O lugar é simples, mas é justamente isso que deixa tudo mais autêntico. Parece que você entrou direto no coração da cidade. A Dua ia ficar encantada com a vibe brasileira real oficial, cheia de batuque, gente vibrando e aquela alegria que só a Lapa sabe entregar.” 2. Quadra da Beija Flor (Nilópolis) Torcedores na Beija-Flor, em Nilópolis Alexandre Cassiano/Agência O Globo “Se a ideia é viver o Rio de um jeito intenso e inesquecível, a quadra da Beija-Flor é parada obrigatória. É energia pura, bateria absurda, canto que arrepia e aquele clima de comunidade que abraça qualquer pessoa que chega. Os ensaios parecem o carnaval. A Dua ia ficar chocada com a força, o brilho e a emoção que rola ali e, quem sabe, até chamaria para uma participação no show?” 3. Feira de São Cristóvão (São Cristóvão) Feira de São Cristóvão Roberto Moreyra / Agência O Globo “Um dos rolês mais autênticos e deliciosos do Rio, literalmente um mergulho na cultura nordestina de onde alguns de nossos membros são. A feira é enorme, cheia de cores, música ao vivo, barraquinhas com comidas incríveis e aquele clima animado que faz você querer provar tudo. Tem forró, tem artesanato, tem pratos gigantes que parecem abraço. É o tipo de lugar que você passa horas andando, comendo, rindo e descobrindo novas histórias. A Dua ia amar a energia vibrante e a mistura de sabores, sons e pessoas.” 4. Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) MAC Divulgação Prefeitura de Niterói / Foto de Douglas Macedo “O prédio do Niemeyer parece cenário futurista, um clássico da arquitetura que já consigo ver em um dump dela no Instagram.” 5. Joatinga ou Secreto (Joá/Barra de Guaratiba) Praia da Joatinga Custódio Coimbra “Praias mais escondidas e com cara de paraíso, zero tumulto, só paz para ela aproveitar.” 6. Oteque (Botafogo) Oteque, do Rio, está entre os 50 melhores restaurantes do mundo Divulgação “Duas estrelas Michelin, super sofisticado, mas ainda assim com energia carioca. Perfeito se ela quiser um momento mais chique com um final de ‘chef’s kiss’.” 7. Elena (Jardim Botânico) Carpaccio de wagyu no Elena Tomás Rangel “O Elena tem aquele clima leve, plantas por todo lado e comida deliciosa com pegada contemporânea. A vibe é jovem e elegante, bem cara de gente cool do Rio. A Dua ia amar porque é discreto, fotogênico e com pratos que parecem obra de arte.” 8. Deja Vu Bar (Glória) Foco do Deja Vu são os vinhos, em garrafa ou direto da bica Alexandre Cassiano “Um dos cantinhos mais cool da Glória, perfeito para quem gosta de descobrir lugares que parecem um ‘segredo bem guardado’. O bar é pequenininho, iluminado na medida certa, cheio de gente alternativa e criativa, com aquela vibe ‘artsy’. Os drinks são muito bons, sempre com alguma coisinha diferente. A Dua ia se sentir super em casa aqui!” 9. Glória Bistrô (Ipanema) Glória Bistrô: tartare de atum Divulgação / Foto de Guga Lessa “O novo queridinho de Ipanema, cheio de gente jovem, bonita e animada. É aquele lugar que começa ‘só um drink’ e vira horas de risada, petiscos gostosos e mesas grudadas que viram novas amizades. A Dua ia AMAR a energia, que é muito ‘Ipanema cool girl’ vibes.” Integram o “Dua Lipa Brasil” e participaram da matéria Pedro Figueiredo (estudante de medicina, 20 anos); André Monteiro (social media, 20 anos); André Bitencourt (assistente de eventos, 22 anos); Gabriel Ferreira (professor de inglês, 19 anos); Ana Clara (estudante de pedagogia, 20 anos); e Cassiano Borges (especialista em marketing, 29 anos).

Dua Lipa sabe aproveitar a vida. A diva pop britânica, que se apresentou em São Paulo no último sábado e se apresenta no Rio de Janeiro no próximo, dia 22, é conhecida pelas viagens, pelos passeios e pela maneira leve com que demonstra encarar a rotina. Também bastante ligada ao universo literário, Dua tem um clube do livro de muito sucesso, onde já chegou a indicar, inclusive, o livro "Lugar de fala", da brasileira Djamila Ribeiro. Jejum digital: por que Virginia Fonseca decidiu se desconectar das redes sociais aos domingos? 'Me arrepiei do início ao fim': cantora que viralizou ensinando a cantar como Gal Costa faz cover de 'Baby' e web reage Está procurando a próxima leitura? Veja, abaixo, 11 dicas da estrela: 'Lugar de fala', de Djamila Ribeiro: o livro foi indicado na lista "6 livros decisivos que irão mudar a maneira com a qual você pensa no mundo" 'Nadando no escuro', de Tomasz Jedrowski: "É poético e terno, queimando com uma raiva silenciosa pela perseguição que a comunidade LGBTQ+ na Polônia sofre há décadas e continua lutando hoje" 'Viúva Basquiat', de Jennifer Clemente: "Este livro me permitiu enxergar o artista e sua obra de uma maneira totalmente diferente, oferecendo novas perspectivas sobre símbolos e palavras que se repetem em suas pinturas e revelando o verdadeiro gênio criativo por trás do ícone" 'Mau hábito', de Alana Portero: "Este é um livro importante, que nos lembra da realidade muitas vezes dolorosa e traiçoeira de crescer trans" 'Lincoln no Bardo', de George Saunders: "As vozes desses espíritos — os miseráveis e os corajosos, e o garoto morto Willie Lincoln — ficarão comigo para sempre" 'Noughts and crosses', de Malorie Blackman: "Como muitas pessoas da minha idade, fui criado em parte por Malorie Blackman. Ela cria mundos que você quer levar com você e cada história encoraja seus jovens leitores a fazerem perguntas importantes na vida" 'Cem anos de solidão', de Gabriel García Márquez: "Ao longo do caminho, me peguei refletindo sobre o amor e a guerra, os laços familiares, as consequências da modernidade e, claro, os muitos significados da solidão. É irresistível" 'Sobre os ossos dos mortos', de Olga Tokarczuk: "A autora ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, e quando você ler este romance, entenderá o porquê" 'Aos prantos no mercado', de Michelle Zauner: "É um livro sobre a perda, que também é sobre o amor. É uma história ao mesmo tempo linda e devastadora, tão crua quanto preciosa" 'Não diga nada', de Patrick Radden Keefe: "Uma aula magistral na arte do 'romance de não ficção'. Tem todos os elementos de uma ótima ficção – personagens hipnotizantes, intriga e reviravoltas na trama" 'Só Garotos', de Patti Smith: "É difícil definir Patti Smith. Ela é cantora, compositora, poeta, pintora e, claro, autora. Podemos dizer que experimentamos um pouco de todas essas pessoas através deste lindo livro"

'Coração Acelerado' irá tratar de situações reais de propostas feitas a cantoras

O ator norte-americano Tom Cruise recebeu uma ovação de pé da elite de Hollywood, que se reuniu na noite deste domingo para premiá-lo com um Oscar honorário — a primeira estatueta dourada de sua carreira. “Escrever um discurso de quatro minutos para celebrar 45 anos de carreira é o que nesta cidade se conhece como uma missão impossível”, brincou o mexicano Alejandro González Iñárritu, que dirigiu Cruise no vindouro filme “Judy”. Ao som da inconfundível trilha de “Missão Impossível”, saga que marcou sua trajetória, Cruise, de 63 anos, subiu ao palco do Dolby Hall, em Hollywood, cercado pelo reconhecimento efusivo de colegas como Colin Farrell e Emilio Estévez, com quem contracenou, além do lendário Steven Spielberg, que o dirigiu em “Minority Report” e “Guerra dos Mundos”. Visivelmente emocionado e entre sucessivos agradecimentos, Cruise pegou o microfone. “Meu amor pelo cinema começou muito jovem”, disse a estrela, que descreveu a telona como o espaço que lhe "abriu os olhos" e “despertou a fome por aventura, por conhecimento, por entender a humanidade, por criar personagens, contar histórias, ver o mundo”. Um dos nomes mais lucrativos da indústria, com mais de 50 filmes no currículo e conhecido por realizar pessoalmente suas cenas de ação, Cruise foi indicado quatro vezes ao Oscar, mas jamais havia conquistado a estatueta. Os Oscars honorários, entregues anualmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, celebram figuras essenciais da indústria por suas trajetórias e contribuições ao cinema. “Esta noite não celebramos apenas uma filmografia, celebramos uma vida de trabalho”, afirmou Iñárritu, que arrancou risos ao dizer que, durante as filmagens, testemunhou Cruise executar “a manobra de ação mais perigosa possível”: “Este homem comeu mais pimenta do que qualquer mexicano”. Cruise retribuiu os elogios ao diretor e aos colegas, além de prestar homenagens aos demais agraciados da noite, entre eles Dolly Parton, vencedora do prêmio Jean Hersholt por seu trabalho humanitário. Parton, de 79 anos, havia informado que não compareceria por motivos de saúde e agradeceu à Academia por meio de um vídeo. “Não tínhamos muito para compartilhar, mas minha mãe e meu pai me ensinaram que, quanto mais você dá, mais bênçãos recebe”, disse a lenda do country, que atua em projetos educacionais e outras causas sociais por meio de sua Fundação Dollywood. Articulações para o Oscar Sob chuva intensa em Los Angeles, estrelas compareceram à 16ª edição da gala, evento que também serve como ponto de partida para executivos e atores iniciarem suas campanhas rumo ao Oscar, que será entregue em março de 2026. Na chegada, Ryan Coogler, diretor do filme de terror “Pecadores”, um dos favoritos da temporada, recebeu um caloroso cumprimento de Jacob Elordi, intérprete do “Frankenstein” de Guillermo del Toro. O diretor-executivo da Netflix, Ted Sarandos, cumprimentou animadamente Wagner Moura, protagonista de “O Agente Secreto”, com o qual o Brasil busca disputar o Oscar de melhor filme internacional — categoria que o país venceu este ano pela primeira vez. A poucos metros, Elle Fanning e Renate Reinsve, de “Valor Sentimental”, conversavam enquanto representavam a aposta norueguesa para a categoria de filme internacional. Ariana Grande, Cynthia Erivo e Jonathan Bailey, protagonistas do aguardado “Wicked: For Good”, prestes a estrear nos cinemas, também circularam entre os colegas. Erivo entregou o Oscar honorário a Debbie Allen, coreógrafa, atriz, dançarina e diretora, com créditos em produções como “Fama”, “Amor, Sublime Amor” e “Grey’s Anatomy”, além de ter dirigido a cerimônia do Oscar por uma década. A Academia ainda homenageou Wynn Thomas, um dos mais influentes designers de produção de Hollywood.

O forte aumento nos custos dos vistos para trabalhadores especializados, imposto pelo governo do presidente norte-americano Donald Trump, frustrou os sonhos de milhares de estudantes indianos, que representam dois terços dos beneficiários dessas permissões de trabalho, especialmente no setor tecnológico. O estudante indiano de engenharia aeroespacial, Sudhanva Kashyap, achava que já tinha tudo o que precisava para viajar aos Estados Unidos para estudar e buscar um emprego, mas seus planos foram por água abaixo após o anúncio de Trump, que elevou o valor da solicitação do chamado visto H-1B para US$ 100 mil. 'Voltem logo': big techs chamam seus funcionários estrangeiros aos EUA às pressas diante de incerteza sobre visto Investigação: De estudante a empresário, tem de tudo entre os presos por ataques a sistemas financeiros ligados ao Pix. Veja os perfis Kashyap, de 21 anos, queria ingressar em uma universidade de ponta nos Estados Unidos, como Stanford, e depois entrar no mercado de trabalho norte-americano com o visto H-1B para trabalhadores estrangeiros especializados. — Quando a taxa era mais baixa, ainda dava para ter esperança, era mais fácil converter o visto de estudante em um H-1B. Estou muito decepcionado (...) do jeito que está, meu grande sonho foi destruído — disse à AFP o jovem, morador de Bangalore, o grande polo tecnológico do sul da Índia. Initial plugin text Os vistos H-1B permitem que trabalhadores estrangeiros com qualificações específicas (cientistas, engenheiros e programadores de software, entre outros) trabalhem nos Estados Unidos, inicialmente por três anos, com possibilidade de prorrogação para até seis anos. Os Estados Unidos concedem, a cada ano, 85 mil vistos H-1B por meio de um sistema de sorteio, em que cidadãos indianos representam cerca de três quartos dos beneficiários. As empresas norte-americanas que contratam esses trabalhadores ainda tentam entender as implicações do anúncio de Trump e aconselharam seus funcionários a não sair do país até que os detalhes da nova política estejam mais claros. Entenda: 'Gold card': 80 mil vistos milionários anunciados por Trump estão previstos Impacto para empresas A Associação Indiana da Indústria de Tecnologia da Informação (Nasscom) expressou preocupação com as novas medidas e afirmou que a "continuidade dos negócios" nas empresas de tecnologia será afetada. Além disso, destacou que as empresas indianas de tecnologia contribuem para a economia dos Estados Unidos. Dados publicados pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA indicam que havia 422.335 estudantes indianos nos Estados Unidos em 2024, um aumento de 11,8% em relação ao ano anterior. Shashwath VS, um estudante de engenharia química de 20 anos de Bangalore, opinou que a nova taxa é alta demais para que as empresas patrocinem candidatos estrangeiros. — Agora vou explorar outros países (...) ir para os Estados Unidos era uma prioridade para mim, mas não é mais — disse Shashwath. Ele comentou que muitos, como ele, podem tentar ir para outros países como Alemanha, Países Baixos e Reino Unido. Shashwath afirmou que os indianos "contribuem significativamente para a economia americana", por isso os Estados Unidos sentirão o impacto de sua decisão. Sahil, de 37 anos, gerente de uma consultoria com sede na Índia, retornou dos EUA no ano passado, após viver lá com um visto H-1B por quase sete anos. — Posso dizer que uma em cada duas ou três pessoas no setor de tecnologia sonha em se estabelecer nos Estados Unidos — declarou. — Veremos menos indianos migrando (...) isso possivelmente significa que agora começarão a considerar outros países.