Seu cheiro. Seu abraço. Sua beleza. Tudo me deixa louco. Fico completamente vidrado no seu sorriso. Aperto meu peito quando estou longe de ti e, se por ventura, meu olhar encontrar o seu: meu coração desmonta; quer dizer: estilhassa-se.

A literatura me perturba.

Não sei se tenho capacidade de me tornar algo maior que um grão. Não sei se minha pequenez é um produto da minha pouca reação ao novo. Não sei se esse texto tem sentido, tem pedido, ou se está dito por alguém que sabe quem é, além de um inreagente grão.

"Entre dois corpos existe calor,
Isso me dará valor?
Talvez se trazer fervor,
Mesmo que eu suma como vapor."

Sou uma poeta, com poemas ruins

No eco do silêncio, o vazio grita,
Espaços sem vida, sombras a vagar.
Um coração que anseia, mas não palpita,Na solidão fria, difícil de enfrentar.

Como um labirinto sem fim à vista,
Perdido em pensamentos que não se vão,E mesmo no escuro, a alma persista, Buscando a luz, uma nova canção.

Desgosto vejo em continuar a caminhar nessa alameda fria e desconcertante, torta por natureza, boba por destreza. Haja vista essa maluca linha traçada entre duas realidades distintas, pintadas pelo entristecimento de toda sua história.

Ultimamente não tenho tido muito ânimo, somente um esgotamento único acumulado em palavras ou pensamento longínquos. Nesses me perco toda vez na leitura, no dia-a-dia, no amor; no peito.